Como primeiro post, acho importante começarmos com as possibilidades da origem da Dança Oriental.
Também conhecida como Raqs Sharqui, a Dança do ventre existe provavelmente há milhares de anos. Muitas são as teorias sobre suas origens, uma das quais é que suas raizes surgiram na India, sendo difundida pelos ciganos e então divulgana no Ocidente.
Dizem também que ela surgiu no Antigo Egito de acordo com as antigas danças ritualísticas da Idade da Pedra, em religiões que cultuavam a Deusa.
Também acreditam que a Dança surgiu como forma de arte nas cortes tanto sob o Império Romano quanto mais tarde no Império Otomano.
Infelizmente não há documentos suficientes que comprovem a Dança até o século XX e a documentação existente é difícil de interpretar pois a dança é uma arte visual e o que se tem é a visão subjetiva do espectador. Uma pequena estatueta do século II d.C mostra uma dançarina em pose típica de dança oriental, tocando instrumentos antecessores dos snujs que usamos hoje em dia.
A dança é uma parte integrada na música árabe. É difícil acreditar que uma dança que interpreta em alto grau cada nuance da música possa ter mudado tanto, ainda mais sabendo que a música tem fortes raízes que remontam ao passado da cultura árabe.
Tanto música quanto dança são partes do dia-a-dia no mundo árabe, pessoas se encontram, tocam e dançam cotidianamente. A dança e a música tradicional são elementos importantíssimos em ocasiões como casamentos e aniversários.
A execução da dança e a musicalidade tem sido preservados em muitas tribos e famílias que tradicionalmente trabalham com a divulgação desta arte e cultura, como por exemplo a Ouled Nail e Ghawazee, que tem preservado a dança e a música de forma original mesmo depois de tantas mudanças com o passar dos anos e séculos.
Agora analizando a dança de forma ritualistica, é claro que seria uma linguagem universal, que no alvorecer da história era uma exaltação ao divino, um meio de união, prece e magia. A dança acompanhava os movimentos da vida, cada estação era recebita com danças, ajudando nas colheitas e afastando as calamidades.
Acreditando na possibilidade do surgimento da dança no período neolítico, quando a Mãe Terra, a Grande Deusa era adorada e todas as criaturas seus filhos, louvada em ritos onde as mulheres dançavam procurando receber a força da Grande Mãe.
Dançando com movimentos sinuosos, em ambientes de alegria e prazer, essas mulheres realizavam seus aprendizados sobre a sexualidade e maternidade, sendo também um meio eficiente para afastar todos os perigos da gestação e dar vida a filhos cheios de vigor e saúde.
A dança antiga que as Sumérias, Acádias, Babilînias, Egípcias e Asiáticas aprenderam se seus ancestrais é uma expressão ritualística sagrada da identificação entre a mulher e a Grande Mãe. Aproximando também às origens do universo, repetindo atos sagrados e divinos da criação.
Celebrando o sagrado feminido da criação, a fertilidade, a sedução e a sensualidade da mulher, relacionando aos benefícios orgânigos a dança trabalha os órgãos internos, normatizando suas funções, aumento da flexibilidade do corpo, trabalhando a auto-estima da mulher, o auto-conhecimento, a criatividade, improvisação e sensibilidade de quem pratica.
Stephanie Borges
Ventre - Tribal - Cigano
(21) 99587262
Templo de Bastet
Rio de Janeiro - RJ
